Bokay

Soares (3 Vols.)

De: Maria João Avillez

Sinopse

Vol.I – Ditadura e Revolução
Vol. II – Democracia
Vol. III – O Presidente

“(…) Mário Soares contou-nos a sua infância, falou-nos dos seus pais e dos seus mestres, descreveu-nos o seu despertar para a política e o fascínio que desde aí ele sente por ela e que perdura, intacto, até hoje; demorou-se sobre os tempos da oposição salazarista e caetanista em Portugal, contou-nos a deportação para São Tomé, o seu exílio em França, falou-nos da criação do PS. E, já às portas do 25 de Abril, atardou-se sobre o saldo e a marca que esses anos de obstinada luta lhe deixaram na alma e na vontade. Depois, viajou longamente pela revolução de Abril de 74, suas aventuras e sequelas, e fez de si o seu retrato em tudo isso.
Foi, assim, este o tema do primeiro dos três volumes.
No segundo, que abrange um período de tempo compreendido entre os anos de 1976 e 1986, vencera a democracia. Eanes fora eleito Presidente da República, e Mário Soares era já Primeiro-Ministro. Depois, líder da Oposição, depois, outra vez, chefe do Governo. Nos intervalos, cumpria missões para a Internacional Socialista – da qual era Vice-Presidente desde 1976 – e esgrimia: contra Eanes, os comunistas, Sá Carneiro, primeiro, a AD, depois. Esgrimiu também – ou sobretudo? – contra o seu próprio partido, dividido por dilacerantes querelas e fratricidas desavenças, nos longinquos anos 80. Ao mesmo tempo, viajava. E impunha-se ao Mundo: ganhava novos interlocutores, revia outros, alicerçava a sua amizade com os companheiros de sempre. Foram dez anos totalmente ocupados pela luta política e guiados por aquele fio de intuição que sempre lhe ditou por onde era o caminho. A seguir, a certeza desse caminho, a ambição, o bom senso, a coragem e alguma impiedade fizeram o resto. O resto levou-o ao Palácio de Belém, em Janeiro de 86, como Presidente da República. Ficou dois mandatos. Os Portugueses ficaram com a impressão de que o primeiro desses mandatos foi “diferente” do segundo. Eu também. Mas o Dr. Soares, não. É desses dois mandatos que aqui, neste terceiro e último volume, se dá conta: da responsabilidade com que viveu a sua magistratura e do cuidado que pôs nela; da apetência para o Mundo e as coisas da cultura que nunca separou da prática da política;das redescobertas do País e dos Portugueses, olhados agora, um e outro, de um plano que em nada se confundia já com o peso e o fardo que envolveram sempre o então Primeiro-Ministro; da curiosidade e do afã com que seguiu as peripécias internas e a sucessão das lideranças no PS, a vida parlamentar, a vida partidária. E a ascendência de Cavaco Silva na sociedade portuguesa e não apenas na política portuguesa. Julgo que tudo isto foi assim no primeiro mandato. Sublinharei, porém, o que me parece essencial: Mário Soares foi majestático durante os primeiros cinco anos em que habitou o Palácio de Belém, mas a tranquila coexistência com Cavaco Silva não foi quebrada – nunca foi quebrada -, nem sequer por inexactidões terminológicas…
No segundo ciclo da sua magistratura, embora seguramente permanecesse a responsabilidade do cargo e continuassem as preocupações culturais, o vento rondou. Nada foi igual, porque outra foi a sua atenção à política. E essa atenção, porventura por demasiado interessada, determinou também no dr. Mário Soares outro comportamento. Por isso julgo que o segundo mandato foi apenas parecido com o primeiro. Só parecido. Porque se acentuou o republicanismo do Presidente e prevaleceram – talvez com inusitada ênfase -, na sua definição de democracia, os direitos dos cidadãos. Os tempos foram de alguma crise económica, e, neles, a coabitação com o chefe do Governo foi, muitas vezes, áspera. Visto de hoje, nada de mais, no entanto.” in Prefácio (Vol. I)

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