Quinhentos Folhetins (Vol. I)

Sinopse

… O folhetim diz o que e quando lhe apetece, sobre eventos ou ideias, feito à fantasia do escritor ou aos seus humores – ou aos da cultura em questão. Nada pode agradar mais ao autor, fora de outras obrigações que igualmente vai satisfazendo, do que escrever dentro deste género, assim livre e fantasiado. É para ele uma maneira de estar em contacto com um público mais largo que o universitário ou o de leitor de obras de fundo; uma maneira, também, de arejar, por assim dizer como diz. Entre o voluntário isolamento do autor e a praça pública, o folhetim tem-lhe sido ligação, assegurando uma intervenção pontual nas coisas do domínio em que actua já que outra, estrutural, chegou ele à conclusão, bem experimentada e bem meditada, que não lhe vale a pena ter. Aliás, se estes folhetins dão a reflectir, como julga, embora sem obrigação, senão moral, de parte a parte, alguma estrutura, quando as houver, deles poderá beneficiar.
Amen…