O último cais

Sinopse

«O Último Cais é um texto envolvente, sedutor, pela sua aparente simplicidade. Pela sua beleza. Pela sua força, tecida de pequenas fragilidades, de pequenas fragrâncias, de pequenas cintilações musicais….» Maria Teresa Horta

De regresso ao Funchal, de onde por um qualquer mistério insondável tantas vezes se via compelido a partir, Marcos Vaz de La- cerda exultava, antecipando o reencontro com a família e os amigos, a atmosfera luminosa e doce da sua ilha, e o momento mágico em que de novo tomará Raquel nos braços, com essa paixão que parecia crescer com o passar dos anos e que nenhuma outra mulher saberia jamais despertar. Raquel, com o seu <>> que acabaria por transformá-la num mito, aceitava com uma cumplicidade quase dolorosa estas ausências, adivinhando nelas a fuga necessária a um quotidiano ordenado e previsível em que até os escândalos, perdida a sua aura inicial, se tornavam banais, devorados pela curiosidade claustrofóbica da pequena sociedade da ilha.

O Último Cais (1992), Prémio Ler/Círculo de Leitores, atribuído por um júri presidido por Francisco José Viegas e constituído por Nuno Júdice, Mário Cláudio, João de Melo e Guardado Moreira, é o romance de estreia de Helena Marques.