O Pós-Comunismo do Atlântico os Urais

Sinopse

De um modo atento, apaixonante e muito rigoroso na sua análise, o pós-comunismo evidencia ainda uma mensagem política que pro põe algumas opções à actual geração, mas é sobretudo uma obra que interessa a todos aqueles que desejam compreender a sua época, com incidência, naturalmente, nas pro fundas transformações ocorridas nestes tempos de mudança que têm sacudido a Europa desde o Atlântico aos Urais.»
«O séc. XX começou em 1914 e o séc. XXI terá começado em 1990. De facto, quem poderia dizer há poucos anos que o Muro de Berlim seria derrubado, a Alemanha reunificada, a Guerra Fria enterrada, os chamados Países de Leste libertados da tutela soviética, os Países Bálticos em luta pela sua independência face a uma URSS que enaltece hoje as vantagens da economia de mercado e da liberdade de expressão, mas se vê a todo o instante abalada pelas reivindicações de autonomia de quase todas as suas Repúblicas? Quem poderia dizer que, sem a ameaça da guerra, as armas recuariam em toda a parte da Europa e numa atmosfera de quase total entendimento, embora obscurecida há pouco pelos acontecimentos militares do Golfo? Mas o acontecimento mais relevante deste século terá sido, sem dúvida, a reconciliação da Europa consigo mesma, para lá dos seus limites geográficos e de um Ocidente industrializado – uma reconciliação provocada, sobretudo, pelos anos de Gorbatchv no poder, mas ainda enigmática diante das perspectivas futuras que condicionam o destino histórico e político da União Soviética. Jacques Lesourne, economista e actual director de Le Monde, e Bernard Lecomte, conhecido jornalista de L’Express, assumiram o risco de «explicar e de prever» os aspectos essenciais de uma revolução quase tranquila, esboçando nas páginas deste livro uma clara análise da actualidade política e económica e tecendo lúcidas reflexões sobre as tendências que hoje melhor se conhecem. Mas a previsível ruptura dos anos Gorbatchov, depois dos acontecimentos de Agosto de 1991 que profundamente abalaram a URSS, colocará a Europa em confronto com algumas incertezas: a de uma URSS que hesita entre a democracia, a anarquia e o retorno musculado à ordem; o futuro das economias da Europa Central; a evolução da Ásia Oriental e da África; as consequências da reunificação da Alemanha e as transformações no seio da própria Comunidade Europeia.