Memórias de um Toureiro (AUTOGRAFADO)

Sinopse

«Caros leitores, permitam-me que lhes confesse, vaidoso, quanto me agradou a digressão de dois anos que acabo de fazer pelo meu Passado cuja memória aqui deixo alinhada, em jeito de itinerário a ser percorrido – e para a qual me apresento como guia, narrador e protagonista…
Reunir material para estas trezentas páginas foi, para mim, uma viagem de grande emoção e saudade. Recuei até à idade dos 18 anos (!) para dar este itinerário uma feição que facilite ser caminhado sem charcos a exigir galochas nem obstáculos a requerer ajudas. Voltei a descer às arenas de três continentes! Novamente, olhos nos olhos, tive o toiro na minha frente! Recordei e senti o travo amargo do medo que nos seca a boca… Ouvi assobios… Mas também escutei ovações intermináveis!… Pude ver, outra vez, as ogivas ele vadas ao céu, e sentir a pedra fria onde pousava os joelhos para Lhe pedir, para Lhe agradecer…
Creio ter sido este livro a minha última aventura! Convido-vos a participar nela; em segurança, pela minha mão! Desçam comigo à arena e sintam também o hálito acre e quente do toiro-belo negro-baço. Ao meu lado, observem as angústias dos toureiros. Acompanhem-me nas reflexões em que me deixo cair, a trechos, face a mil mistérios e a mil contradições. Sintam (desculpem) o mau sabor que a vida do toureiro às vezes tem…» Diamantino Vizeu, 1992.