Sinopse
Em nome da verdade os anos decisivos
“Numa peninsula Ibérica, inconstestável unidade geofísica, habitada por homens voluntariosos e aguerridos, formou-se desenvolveu-se e tornou-se independente um povo de características muito diferenciadas e bem definidas.
Mais tarde, esse Povo, ainda pouco mais de um milhão, arrostando com dificuldades psicológicas e materiais tremendas, lançou-se na descoberta sistemática do Mundo e descobriu-o.
E, desde então, adquiriu o conceito do grande e do uno. Fundou um Império imenso e unido, talhou um Brasil enorme e indiviso e manteve dimensão notável e unidade política.
Muitas vezes defendeu com sucesso, contra conquistadores, a sua Metrópole e, em duas ocasiões em que esta foi ocupada por estranhos, foram os Territórios descobertos que conservaram a chama portuguesa que havia de permitir o ressurgir da Nação.
E sempre conseguiu, por vezes através de reservas morais insuspeitadas e de sacrifícios aparentemente desmensurados, superar interesseiras e poderosas forças externas que, a coberto de ideologias diversas, oportunistas e, com frequência sibilinas, procuraram a desagregação do Todo Nacional.
Finalmente, o mesmo Povo, que descobriu o Mundo, concebeu e adoptou a solução que para este será a única. A solução da paridade e harmonia étnicas, da liberdade religiosa, da fusão de culturas, da igual oportunidade e justiça para cada um e da ordem e progresso para todos.
É a grandeza da personalidade, da persistência e da aventura, do sentido dos espaços dilatados e coesos, do patriotismo e da coragem, da supremacia dos valores morais sobre os interesses materiais e da presciência do processo histórico do homem humano e progressivo.
E, apesar de desvios, de erros e de incapacidades, a nível nacional, apesar de incompreensões e de hostilidades, no plano internacional, apesar da grande agressão, de aparência premeditadamente interna mas, em verdade, de origem, impulso e constante apoio externos, tamanhas grandezas continuavam a garantir um Todo Português euro-afro-asiático na sequência de uma história universalista e humana.” in A Esperança