Fátima, o que se passou em 1917

Sinopse

Ao escrever a obra A Mulher Portuguesa na Primeira República, não podia deixar de me referir a Fátima. Assunto controverso, ao qual os historiadores costumam fugir. O que se passou lá em 1917? Apareceu, na verdade, a Nossa Senhora dos católicos? Seria uma mistificação organizada para derrubar a República? Ou passou-se realmente algo em Fátima que ainda, em 1979, não conseguimos entender? […] Em busca duma verdade, despendi alguns anos procurando nos arquivos fatimistas e nas bibliotecas públicas os depoimentos da época. Depoimentos fantasistas para alguns, devido às descrições insólitas que apresentam. Quando foi que a mentalidade humana não rejeitou o inacessível, o misterioso, o inexplicável, temendo-os apenas ou procurando ignorá-los? […] Há quem acredite, quem pretenda não acreditar, quem conteste. E continuará a ser assim enquanto não soubermos explicar o inacessível, o que nos ultrapassa.»

Fina d’Armada é o pseudónimo literário de Josefina Teresa Fernandes Moreira (1945-2014), historiadora, poetisa e cronista, autora de cerca de 12 títulos e coautora de 39 obras, dedicava-se essencialmente a dois campos: o da emancipação da mulher e o da ovnilogia.