Dialética sem Dogma

Sinopse

O presente livro aborda um tema da maior importância que tem sido objeto de muita controvérsia: as relações do materialismo dialético com as ciências da natureza.
Escrito por um comunista, êle se dirige, entretanto, a pessoas de todas as orientações políticas. Conforme declara seu autor, “êle não pede o aplauso sem crítica, mas, pelo contrário, força a contradição, a dúvida. Somente por meio da dúvida em relação ao velho é que superamos o velho ao mesmo tempo que conservamos sua riqueza, e somente por meio da dúvida em relação ao novo é que o obtemos e conservamos vivo”.
O autor indaga, inicialmente, se a Filosofia tem ajudado as ciências naturais a resolver os problemas novos com que elas se defrontam desde fins do século passado. Mostra então que, no período stalinista, o materialismo dialético por êle considerado como a forma de filosofia mais desenvolvida de nosso tempo – além de não ter ajudado as ciências naturais a solucionar seus problemas, prejudicou o próprio desenvolvimento dessas ciências.
Foi essa uma das facêtas mais perniciosas do dogmatismo da época de Stálin pois, como mostra HAVEMANN, ela poderia ter levado a ciência russa a um atraso irrecuperável, o que só não aconteceu porque muitos cientistas soviéticos recusaram-se a aceitar a camisa-de-fôrça ideológica que pretendia subordinar o desenvolvimento da ciência a esquemas pré-fabricados, e prosseguiram em suas pesquisas, obtendo resultados brilhantes como tem sido amplamente provado.
Na segunda parte do livro, HAVEMANN se propõe a mostrar como o materialismo dialético pode auxiliar extraordinàriamente na solução de problemas teóricos das ciências naturais. Para ele, com a dialética materialista é superada a relação de servidão que existia entre a Ciência e a Filosofia.