D. Luís

Sinopse

D. Luís nasceu em Lisboa em 1838. Na companhia dos pais, D. Maria II e D. Fernando, e dos seus seis irmãos viveu uma infância e uma juventude felizes.
Com o pai, aprendeu a valorizar o estudo, tornando-se um homem culto, apreciador de literatura e praticante de música e das belas-artes. A passagem pela Marinha, ainda jovem, contribuiu para o seu conhecimento da vida e do mundo, que dilatou ainda através das várias viagens que fez pelo seu reino e pela Europa. Era um sedutor e gostava de usufruir dos prazeres da vida. A morte súbita do irmão, D. Pedro V, em 1861, elevou-o inesperadamente ao trono. No ano seguinte casou com D. Maria Pia, uma menina de 15 anos de idade, com quem sonhou ter uma vida familiar à imagem da de seus pais. O projecto falhou por responsabilidade de ambos. O seu reinado correspondeu a um período de relativo progresso material e de alguma paz política. D. Luís era homem de convicções liberais. Nos primeiros tempos, sem estar ausente, procurou não interferir na marcha da governação. Durante a crise de 1868-1871 desempenhou um papel central. De então e até 1879, deu carta branca a Fontes Pereira de Melo, em quem o rei e a rainha tinham grande confiança. Na última década do seu longo reinado, permitiu a alternância no governo dos grandes partidos monárquicos. Faleceu em 1889, em Cascais, vítima de uma doença não identificada e no meio de alguma polémica sobre o estado de decomposição do seu corpo. Foi unanimemente recordado como um homem bom, que, para os republicanos, tinha tido a má sorte de ser rei. A sua morte coincidiu com um novo momento de viragem na história da monarquia constitucional.