Cidadania e Novos Poderes numa Sociedade Global

Sinopse

São fortíssimas as tensões entre um mundo que perdemos e um que se constrói rapidamente diante de nós. Mas o ritmo de destruição do “antigo” é mais rápido do que o de construção do novo. A ponto de se poder imaginar que talvez não exista “nova ordem” e que são reais as hipóteses de um “caos auto-regulado”. E não se pode deixar de prever também que a “nova ordem” seja sobretudo o resultado de uma imposição, de uma relação de forças.
A globalização é um processo, um ambiente económico internacional, talvez um dia um ambiente político internacional. Mas não é um programa político ou económico. A globalização é compatível com vários programas políticos. Mas também é verdade que a globalização se pode transformar numa ideologia impositiva de interesses de países ou de Estados. Os quadros de referência essenciais da democracia e dos conceitos contemporâneos de cidadania são os nacionais. Em que medida é que podem ser transpostos para a esfera internacional? O direito e a justiça são as traves mestras da formação e da garantia da cidadania. Ambos têm a sua génese no Estado. Como podem ser transpostos para a esfera internacional? CIDADANIA E NOVOS PODERES NUMA SOCIEDADE GLOBAL tema da Conferência Internacional organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian juntou mais uma vez reputados especialistas internacionais dando continuidade a um amplo debate dedicado ao processo de globalização e às questões colocadas por este à cidadania e à emergência dos novos direitos.