Autografia

Sinopse

Prefácio de António Lopes Ribeiro. Capa de Sebastião Rodrigues.

Charlie Chaplin! Este nome tem magia. Quem é esse actor cómico de calças enormes e minúsculo bigodinho, que arrancou a milhões de pessoas gargalhadas e lágrimas? Como conseguiu um pobre garoto de Londres conquistar Hollywood com a sua inimitável mistura de tristeza e de alegria? Que está por detrás da personagem que inventou, amada no mundo inteiro, e dos grandes filmes que realizou?
Neste livro, Charlie Chaplin narra a história extraordinária do seu trabalho, da sua arte, dos seus amores, as suas amizades, a sua filosofia, os seus triunfos e desapontamentos. Uma história extremamente humana, que ele conta com maravilhosa vivacidade.
Começa na Londres já desaparecida dos anos <<<noventa», no ambiente andrajoso e boémio da Kennington Road e das suas travessas escusas. Aí, quando criança, foi iniciado nas cruéis realidades da vida, e relata-nos as pungentes aventuras e desgostos por que passou. Conta-nos a sua estreia como dançarino-sapateador profissional, aos oito anos de idade, e não hesita em descrever o choque e a vergonha do seu primeiro fracasso.
Finalmente, deixa a Inglaterra e chega aos Estados Unidos com a Companhia Karno, e mais tarde entra nos estúdios cinematográficos de Mack Sennett, onde nasce a personagem de Charlot, o vagabundo. A partir de então, a história de Chaplin é uma cavalgada de excitações e de êxitos, em que se encontra e lida com os grandes do mundo. Caruso, Nijinsky, Pavlova, Douglas Fairbanks, William Randolph Hearst, Einstein, Picasso, Churchill, Gandhi, Nehru, Kruchtchev – são apenas algumas das notáveis personalidades acerca das quais conta divertidas anedotas e de que traça flagrantíssimos retratos.
Chaplin é considerado um dos poucos indiscutíveis génios deste século. Este livro faz luz sobre os seus amores, os seus casamentos, as suas fricções com o mundo oficial americano. Seguimo-lo através dos julgamentos e atribulações que o levaram a trocar a América pela Suíça, onde agora vive com a sua linda mulher, Oona, que lhe deu oito filhos.
Ora jocosa, ora grave, sempre apaixonante, acima de tudo autêntico e brilhante reflexo de um grande ser humano, esta é sem dúvida uma das mais importantes autobiografias do nosso tempo.