António Enes e o Tratado de 1891

Sinopse

1891-1892

“Dir-se-ia que o Tratado de 1891, almejado epílogo do ultrajante Ultimatum, viera trazer ao País a calma reparadora de tantos sobressaltos anteriormente sofridos. E, daí que a execução das cláusulas de tal tratado não viesse a ter, ao que parece, a repercussão que antes se verificava em Portugal em relação aos problemas ultramarinos.
Com efeito, são várias as obras sobre o Ultimatum e o Tratado de 1890. Escasseiam já em relação ao Tratado de 1891 e nenhuma se ocupa da execução das suas cláusulas.
[…]
Não nos foi dado conhecer outra obra que preenchesse esta lacuna. E, por isso, ao iniciarmos este trabalho tivemos em mente focar, principalmente, as questões que não haviam sido analisadas no Tratado de 1891, daquele autor.
Deste modo, fizemos incidir o nosso estudo sobre as Questões do Chinde e do Niassa, sobre a execução dos artigos 4º., 9º., 11º. a 14º. do Convénio e parágrafos suplementares no. 2 e 3 do anexo B. Dedicamos ainda cerca de um terço deste trabalho à importante Questão de Manica.” in Introdução