Acerca do Integralismo Lusitano

Sinopse

Amar os nossos inimigos – o pensamento dos nossos inimigos e a crítica dos nossos inimigos é o verdadeiro sinal do espírito combativo, Que importa que eles me guardem ressentimento e rancor? Eu preciso deles como do ar que respiro; eu agradeço-lhes o contribuírem para a clarificação das minhas ideias, e para a fortificação dos meus motivos de viver; eu afirmo-lhes, para além de todas as minhas disputas, a minha fraternidade e a minha lealdade de inimigo. R. P.
«Perante a notícia de que um grupo de monárquicos tencionava levar a cabo o projecto de comemorar o cinquentenário da fundação da revista integralista “A Nação Portuguesa”, decidiu a “Seara Nova” proceder à reedição dos artigos que Raul Proença publicou nas colunas desta revista acerca das ideias do integralismo lusitano. Eles constituem uma crítica perfeitamente válida e actual das concepções integralistas e, pelo rigor da análise e a acribia do estilo, são das páginas mais belas que nos legou esse grande doutrinador político português. O volume das Páginas de Política em que foram republicadas encontra-se, desde há muito, esgotado. “Seara Nova”, projectando editar as obras completas de Raul Proença, entendeu, apesar disso, dever proceder imediatamente à edição de este conjunto de artigos, sem prejuízo da sua inclusão ulterior em outro volume das obras completas. Estamos certos de que os nossos leitores saberão compreender as razões desta deliberação e dar-lhe o seu completo apoio. Raul Proença concebia a actividade intelectual, acima de tudo, como militância, no melhor e mais nobre sentido da palavra, e este era o momento do combate. Aqui está, pois, vivo e presente Raul Proença agigantando-se na primeira linha onde sempre esteve, onde consumiu a própria vida.» Nota introdutória