A Nova Era das Desigualdades

Sinopse

Os cidadãos dos países europeus debatem-se hoje com o sentido da sua vida individual e colectiva; receiam viver amanhã pior do que hoje e perdem progressivamente a confiança nos seus dirigentes.
Esta crise não se deve apenas às consequências desestruturantes da mundialização económica. Há um sofrimento mais subterrâneo que remete para os efeitos destrutivos do individualismo moderno, ao mesmo tempo que surgem novas formas de desigualdade. Encontram-se assim postas em causa, simultaneamente, as instituições sociais e de solidariedade (crise do Estado-Providência), as relações entre economia e sociedade (crise do trabalho) e as identidades individuais e colectivas (crise do sujeito).
Não tendo entendido a amplitude destas alterações, as forças políticas tradicionais vêem-se cada vez mais desligadas da sociedade, aumentando o risco da emergência dos populismos com todos os efeitos perversos que lhes estão associados. Que fazer então? Os autores defendem que entre a resignação de bom-tom e a utopia ritualizada há lugar para uma outra via, que analisam neste livro: a de um reformismo radical que ataque os problemas pela raiz.